S01E01 - PILOTO
Candy 1x01- Episódio Piloto
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Nova York numa manhã de Outono, vemos as pessoas saindo de suas casas rumo ao seu trabalho, a sua escola, ou até mesmo a um café expresso. Em um luxuoso apartamento na quinta avenida em frente ao Central Park mora Charles Delobel, e é lá que começa a nossa história.
*Uma mulher entra no quarto, onde um homem está deitado em sua cama dormindo*
Mulher - Charles querido, está na hora de você acordar e dar um abraço de boas vindas a sua velha e querida mãe.
*Ela se senta na beirada da cama e começa a acariciá-lo.*
Mulher - Vamos Charles, quanto tempo que você não me vê? Acorde para tomarmos café da manhã juntos. Mandei a Gertrudes preparar uma legítima omelete francesa para você.
*Charles abre o olho, dá um sorriso meio forçado, se levantando aos poucos.*
Charles - O que aconteceu que você chegou tão cedo? Seu vôo estava previsto pra chegar as 14h00.
Mulher - Na verdade eu peguei um vôo mais cedo pra fazer uma surpresa pra você. O que me diz?
Charles - Ora mãe, sabe que eu não gosto de acordar cedo.
*Empregada entra no quarto*
Empregada - Ainda mais que ele chegou as 4 da madrugada de hoje, Senhora Delobel.
Mulher - E alguém aqui te perguntou sua fofoqueira?
Charles - Mamãe!
Empregada - Me desculpe Senhora Delobel. O café da manhã já está servido a mesa, com licença!
Mulher - Sujeitinha atrevida, você precisa de uma empregada melhor querido, amanhã mesmo vou providenciar isso.
Charles - Não precisa, a Gertrudes é uma ótima profissional.
Mulher - Você não entende nada desses assuntos meu filho, e vamos logo porque eu detesto me sentar sozinha a mesa.
*Ela lhe dá um beijo na testa e sai do quarto, Charles levanta da cama e vai até janela , onde observa as pessoas no central Park.*
Charles - É... E lá vamos nós!

Queens, um bairro alegre com traços bem específicos, em um prédio de tijolos avermelhados mora Ava.
*Ela está falando ao celular e se vestindo ao mesmo tempo*
Ava - Olha pode deixar que eu vou entregar a matéria a tempo. Alguma vez eu já decepcionei vocês?
*Ela termina de se vestir e sai do apartamento, começando a descer as escadas*
Ava - Mas eu confirmei com ele ontem, ele não pode desmarcar comigo pra marcar com outra. Olha deixa eu desligar se não vou perder meu táxi.
*Vai correndo até o táxi que está na sua porta esperando*
Ava - Quando chegar aí a gente conversa melhor, tchau!
*Em um outro ponto da cidade, nos fundos de um restaurante chinês, um homem está jogando o lixo fora, em seguida ele tira o avental e começa a fumar*
Chinês - Natan! O que você acha que está fazendo? Sabe quantas pessoas estão lá dentro esperando o pedido delas? Natan seu incompetente, você está me ouvindo?
*Ele vai em sua direção e tira o cigarro da boca dele*
Chinês - Anda logo seu idiota.
*Assim que seu cigarro é arrancado, Natan segura o chinês pela gola da camisa e o empurra até as latas de lixo*
Natan - Escuta aqui seu velho estúpido, você nunca mais coloca essas mãos imundas sobre mim tá entendendo?
Chinês - Me larga se não eu vou chamar a polícia.
Natan - Chama mesmo, que eu aproveito e falo da comida vencida que você vende nessa espelunca. Aí eu quero ver o que você vai fazer?
*Natan solta o homem que acaba caindo no meio do lixo*
Natan - Fica aí onde é o seu lugar.
*Natan joga o seu avental no chão e vai embora*
Em Upper West Side as coisas costumam ser um pouco, quente demais...
*Um casal está se pegando embaixo de um lençol branco, numa cama em um quarto. A mulher que estava embaixo do lençol se levanta e vai até a janela abrir as cortinas*
Homem - O que foi Dionne, aconteceu alguma coisa?
Dionne - Nada, eu só estou um pouco nervosa.
*O homem que estava deitado, enrola um lençol na cintura e vai até ela*
Homem - O que tá te deixando nervosinha heim? Vem aqui que eu vou te deixar tranquilinha
*Ele a abraça e começa a morder em seu pescoço*
Dionne - Para com isso Justin, não ve que eu to preocupada.
Justin - Desculpa minha princesinha. Mas me conta o que ta acontecendo?
Dionne - Você se esqueceu que amanhã meu irmão vai voltar da Itália. Eu vo rever ele depois de tantos anos.
Justin - Ah é você me falou, eu tinha esquecido. mas não precisa se preocupar, e acho que devíamos voltar ao que estavamos fazendo.
Dionne - Não Justin, chega! Você não tá entendendo.
Justin - Quem não ta entendo é voce. Para com essas frescuras, não ve que to afim de fazer amor com você?
Dionne - O que? Voce tá louco, eu acho melhor você não estar aqui amanhã quando ele chegar.
Justin - Como assim?
Dionne - Não quero que meu irmão veja que eu estou com um homem no meu apartamento.
Justin - (RINDO) HAHAHAHA, você não ta achando que seu irmão ainda pensa que você é virgem não é? Até porque tudo isso que você possui foi graças ao seu relacionamento com aquele velhote frouxo que usava viagra pra te satisfazer.
*Ela vai em direção dele e lhe dá um tapa na cara*
Justin - Vai se foder sua vagabunda.
*Ele recolhe suas roupas que estão no chão e sai do quarto batendo a porta com força.*
*Dionne volta a se deitar na cama, abraçando um travesseiro e começa a chorar*
E por fim, o que será que acontece na mansão de um milionário russo
*Vários takes da mansão mostrando o hall, a sala com a lareira, o corredor com vários quartos. Até na academia onde um homem está deitado levantando peso.*
*Um homem mais velho, com cabelos brancos entra na academia*
Homem - Yan me filho, precisamos conversar.
Yan - (largando os pesos e se levantando) Diga papai.
Pai - Estive conversando com o corretor e estou pensando em vender a mansão.
Yan - Também acho papai, seria bom um apartamento que é menor e mais perto de Manhattan.
Pai - Na verdade estou pensando em vender e te mandar de volta para a Rússia.
Yan - Mas pai, você sabe que eu gosto daqui. Eu me sinto bem aqui, além do mais eu que gerencio seus negócios aqui em Nova Iorque.
Pai - Eu sei, e já vendi minhas ações daqui para uma outra empresa. Resolvi abandonar os negócios na América.
Yan - O que? Quando que você vendeu as ações? Porque você não me avisou?
Pai - Isso não é da sua conta, até porque não te devo satisfações. Se eu fosse você arrumaria suas coisas hoje mesmo para que o corretor possa avaliar melhor a casa.
Yan - (estressado) Eu não vou voltar para a Rússia. Eu moro aqui desde os meus 16 anos, o senhor sempre disse que queria o melhor pra mim.
Pai - E eu quero, por isso mesmo estou te mandando de volta para a Rússia.
Yan - Acontece pai que eu não tenho mais 16 anos e já sou homem o suficiente para tom,ar minhas decisões.
Pai - Está desafiando a minha autoridade? Sabe que sem meu dinheiro você não sobrevive nesse lugar, e agora você não tem nada aqui, nem emprego você tem mais.
Yan - Pois que vá o senhor e toda a sua fortuna de volta pra Rússia. Não preciso do senhor pra isso, eu sei me virar muito bem sozinho.
Pai - É o que vamos ver Yan Soloviev.
*Assim que o pai de Yan sai da academia ele soca um daqueles sacos vermelhos de treinar boxe.*
*Em um restaurante chique, Charles está sentado a mesa com sua namorada. Eles estão jantando*
Namorada - Porque você não me ligou quando sua mãe chegou? Poderíamos ter almoçado todos juntos.
Charles - Só que me faltava. Você e minha mãe atormentando o meu dia. (Risos)
Namorada - Credo Charles, você está insinuando que eu sou um tormento na sua vida?
Charles - Claro que não Melinda. Você sabe que você é o amor da minha vida, e que é ótimo ter você ao meu lado todos os dias.
Melinda - E quando é que nós vamos ficar noivos meu bebê? Minhas amigas já estão comentando que você está apenas me enrolando e que eu vou acabar sendo...
Charles - (Interrompendo) Ah não essa história de novo não.
Melinda - O que foi Charles? Sempre que eu falo em noivado você parece que foge do assunto, eu to até desconfiando que você não quer passar o resto da sua vida comigo.
Charles - Não é isso querida, o problema é que você anda forçando a barra ultimamente.
Melinda - Forçando a barra? O que você está insinuando com isso? E que tipo de linguajar mais suburbando Charles.
Charles - Olha, é esse o seu problema. Você quer que tudo seja perfeito demais, e eu ainda não me sinto preparado para um casamento.
Melinda - Noivado.
Charles - Que seja, que futuramente resultará num casamento não é verdade?
Melinda - Olha eu não sei o que anda acontecendo com você Charles, mas desde começou com essa palhaçada de fotografia você ficou diferente.
Charles - Não é palhaçada, sabia? Você que se diz tão antenada e culta deveria saber que é arte.
Melinda - Arte é para os artistas querido, você é um economista.
Charles - Na verdade um ex-economista já que larguei meu emprego há dois dias.
Melinda - Você o que? Quando voce ia me contar?
Charles - Assim que você parasse de falar sobre essa merda de noivado.
*Todos que estavam no restaurante param de comer e olham para os dois que estavam discutindo*
Melinda - Com licença. *Ela se levanta e vai em direção a saída do estabelecimento*
*Na redação de um jornal, Ava é a única que ainda está trabalhando, o seu chefe chega até ela*
Chefe - Ainda está aqui? Já são quase 8h00PM.
Ava - Eu preciso terminar essa matéria pra amanhã, ainda mais depois que eu perdi a entrevista com o...
Chefe - (INTERROMPENDO) Olha não precisa terminar Ava. Na verdade eu iria falar com você amanhã mas já que estamos só nós por aqui, eu prefiro falar hoje e será melhor que amanhã você não vai passar vergonha.
Ava - Passar vergonha, eu? Mas o que vai acontecer?
Chefe - Você está demitida Ava. E não precisa vir amanhã, na verdade não precisa voltar nunca mais. Eu vou mandar o seu salário e sua carta de recomendação por correio e...
Ava - E o que? Eu não posso ser demitida, o que foi que eu fiz?
Chefe - Na verdade foi o que você não fez. Você já perdeu cinco matérias exclusivas para a concorrência. Mas pode deixar que vou te mandar uma carta boa de recomendação, e você poderá ser aceita em jornais de cidades menores, ou até em uma revista mensal para a comunidade latina.
Ava - Você só pode estar brincando comigo?
Chefe - Não Ava, isso é a realidade. Bom eu tenho um encontro então não se importaria se arrumasse suas coisas logo, se quiser até te dou uma carona.
Ava - Não vai precisar.
*Ela pega sua bolsa, algumas pastas e uma caixinha e vai em direção a porta, saindo*
Destino, será que existe? E se existir, quando será que ele resolve agir? Se isso for verdade eu diria que ele está prestes a agir...
*Nathan chega a um bar, praticamente um pub. Ele está com os letreiros bem antigos, pode se observar o nome, a câmera se aproxima e mostra: CANDY, corta para o seu interior. Nathan senta no banquinho em frente ao balcão*
Nathan – Tom, me vê o de sempre.
Tom - Nathan meu amigo, que cara é essa?
Nathan - Larguei meu emprego naquele restaurante chinês, japonês, seja lá que porra for aquela.
Tom - Que triste cara, mas e agora o que você vai fazer?
Nathan - Amanhã eu acho alguma coisa nova pra fazer.
*Eles estavam conversando, falando bobeiras e rindo até que um homem encapuzado entra no bar e se senta ao lado de Nathan*
Homem - Me vê uma cerveja por favor.
*Nathan olha pra ele como quem não quisesse nada, mas em seguida tenta ver seu rosto melhor.*
Nathan - Yan! É você?
Yan - Desculpa mas como você me conhece?
*Yan olha para Nathan*
Yan - Não acredito. Nathan Williams!
Nathan - Yan, sua bicha russa.
*os dois se abraçam*
Yan - Você vivia me chamando assim, que idiota.
Nathan - Não acredito velho, o que você faz aqui? Pensei que tu tava na Rússia.
Yan - Na verdade não saí de Nova Iorque, aliás saí sim mas só para os negócios, continuo morando naquela casa em que rolou aquela festa.
Nathan (rindo) - Aquela mansão? Maluco... E que festa foi aquela heim.
Tom - Yan Soloviev? No meu bar? Depois de tanto anos?
*Eles se cumprimentam e começam a conversar, até ouvirem um grito vindo da porta*
Dionne - AAAAAAAAAAAAAAAAAAAH! Não acredito que eu estou vendo vocês.
*Ela corre em direção ao balcão e abraça todos*
Tom - Dionne? Mas que surpresa.
Yan - Dionne eu não te vejo desde a nossa despedida
Dionne - Aqui no bar do Tom, a gente ficou bebaço na reuniãozinha aqui depois da formatura HAHA.
Nathan - Fiquei sabendo que você se casou com um ricasso italiano.
Dionne - Poie é (risada meio timida)
Tom - Que coincidência, os responsáveis pelas três letras finais do meu bar reunidos após tanto tempo.
Dionne - HAHA, verdade agora só falta aparecer o...
Tom - CHARLES!
Dionne - Isso, e... CHARLES?!?!?!?
*Ela olha pra tras e ve que Charles havia acabado de entrar no bar*
Charles - Mas que runião é essa?
Yan - Não acredito que é o Charles Delobel.
Nathan - Charlie?
Charles - Nate, meu amigo.
Dionne - Gente, isso é tão surreal.
Tom - Calma aí que nem eu tô acreditanto no que tá acontecendo.
Dionne - É tão bom reencontrar vocês depois de tanto tempo.
*Uma mulher entra no bar, acaba escorregando deixando vários papéis cair no chão*
Ava - DROGA! Hoje não é o meu dia.
Tom, Yan, Nathan - AVA?
Ava (se levantando) - Não acredito!
Dionne - AVA, amiga! Não acredito!
Tom - certo agora quem não acredita sou eu...
*Ava vai até eles e cumprimenta um por um*
Ava - Não acredito que vocês marcaram um reencontro sem me convidar.
Yan - Na verdade isso foi pura coincidencia.
Charles - Nem eu to acreditando, isso ta parecendo até...
Dionne - Destino. (RISOS)
Nathan - Mas o que aconteceu que veio todo mundo aqui hoje?
Tom - Deixa eu adivinhar, vocês vieram espairecer a mente, refrescar a cabeça, ou encher a cara pra curar as mágoas, como sempre.
Yan - Eu me lembrei que eu vinha aqui sempre que tinha um problema.
Charles - E que sempre encontrava vocês aqui.
Dionne - E a gente dividia os nossos problemas com os outros.
Nathan - Quase todo dia estávamos aqui.
Ava - E de tão frequente a nossa presença, o Tom batizou o bar de....
TODOS - CANDY (RISO GERAL)
Tom - Olha, se isso for destino ou algum aviso, ou qualquer coisa que seja. Hoje é a noite mais feliz da minha vida, tá sendo ótimo rever vocês.
Yan - Logo hoje que foi um dia que começou ruim, nada melhor do que terminar a noite bem, não é mesmo?
Dionne - Mas o que aconteceu Yan?
Yan - Meu pai vendeu as ações da empresa dele aqui nos Estados Unidos e quer que eu volte pra Rússia.
Nathan - Filinho de papai.
Yan - Mas eu disse que não ia, e ele acabou vendendo a casa onde eu morava e agora eu tô sem emprego, e daqui alguns dias vou ficar sem dinheiro e sem moradia também.
Nathan - Ow seu bebê chorão, eu também perdi o emprego e nem por isso to triste cara, se bem que na verdade eu me demiti, mas mesmo assim, fica assim não.
Ava - É isso mesmo Yan, eu também fui demitida e acho que vai ser dificil achar outro emprego em um jornal ou uma revista decente com a carta de recomendação que eu vou receber.
Charles - Bom, eu também pedi demissão e pra piorar briguei com a minha noiva.
Ava - Você vai casar?
Charles - É o que ela queria, mas na verdade iriamos ficar noivos, éramos apenas namorados, ou ainda somos. Nem eu sei mais.
Tom - E você Dionne? O que te traz aqui? (Risos)
Dionne - Ah... Nada... Tipo, nada assim tão sério sobre emprego, discussão, essas coisas. Só queria me sentir bem igual quando eu era adolescente.
Nathan - Ou quando você pulou nua na piscina do Yan.
*Todos riem*
Charles - Verdade, eu lembro disso.
Ava - Gente vocês lembraram disso, que coisa mais louca. E pior que eu também lembro Dionne.
Dionne - Ai que coisa... E quando o Nathan foi pego transando com a secretária da biblioteca np vestiário?
*Todos começam a lembrar de algo que o outro fez no passado, a imagem vai se afastando até escurecer*
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Nova York numa manhã de Outono, vemos as pessoas saindo de suas casas rumo ao seu trabalho, a sua escola, ou até mesmo a um café expresso. Em um luxuoso apartamento na quinta avenida em frente ao Central Park mora Charles Delobel, e é lá que começa a nossa história.
*Uma mulher entra no quarto, onde um homem está deitado em sua cama dormindo*
Mulher - Charles querido, está na hora de você acordar e dar um abraço de boas vindas a sua velha e querida mãe.
*Ela se senta na beirada da cama e começa a acariciá-lo.*
Mulher - Vamos Charles, quanto tempo que você não me vê? Acorde para tomarmos café da manhã juntos. Mandei a Gertrudes preparar uma legítima omelete francesa para você.
*Charles abre o olho, dá um sorriso meio forçado, se levantando aos poucos.*
Charles - O que aconteceu que você chegou tão cedo? Seu vôo estava previsto pra chegar as 14h00.
Mulher - Na verdade eu peguei um vôo mais cedo pra fazer uma surpresa pra você. O que me diz?
Charles - Ora mãe, sabe que eu não gosto de acordar cedo.
*Empregada entra no quarto*
Empregada - Ainda mais que ele chegou as 4 da madrugada de hoje, Senhora Delobel.
Mulher - E alguém aqui te perguntou sua fofoqueira?
Charles - Mamãe!
Empregada - Me desculpe Senhora Delobel. O café da manhã já está servido a mesa, com licença!
Mulher - Sujeitinha atrevida, você precisa de uma empregada melhor querido, amanhã mesmo vou providenciar isso.
Charles - Não precisa, a Gertrudes é uma ótima profissional.
Mulher - Você não entende nada desses assuntos meu filho, e vamos logo porque eu detesto me sentar sozinha a mesa.
*Ela lhe dá um beijo na testa e sai do quarto, Charles levanta da cama e vai até janela , onde observa as pessoas no central Park.*
Charles - É... E lá vamos nós!

Queens, um bairro alegre com traços bem específicos, em um prédio de tijolos avermelhados mora Ava.
*Ela está falando ao celular e se vestindo ao mesmo tempo*
Ava - Olha pode deixar que eu vou entregar a matéria a tempo. Alguma vez eu já decepcionei vocês?
*Ela termina de se vestir e sai do apartamento, começando a descer as escadas*
Ava - Mas eu confirmei com ele ontem, ele não pode desmarcar comigo pra marcar com outra. Olha deixa eu desligar se não vou perder meu táxi.
*Vai correndo até o táxi que está na sua porta esperando*
Ava - Quando chegar aí a gente conversa melhor, tchau!
*Em um outro ponto da cidade, nos fundos de um restaurante chinês, um homem está jogando o lixo fora, em seguida ele tira o avental e começa a fumar*
Chinês - Natan! O que você acha que está fazendo? Sabe quantas pessoas estão lá dentro esperando o pedido delas? Natan seu incompetente, você está me ouvindo?
*Ele vai em sua direção e tira o cigarro da boca dele*
Chinês - Anda logo seu idiota.
*Assim que seu cigarro é arrancado, Natan segura o chinês pela gola da camisa e o empurra até as latas de lixo*
Natan - Escuta aqui seu velho estúpido, você nunca mais coloca essas mãos imundas sobre mim tá entendendo?
Chinês - Me larga se não eu vou chamar a polícia.
Natan - Chama mesmo, que eu aproveito e falo da comida vencida que você vende nessa espelunca. Aí eu quero ver o que você vai fazer?
*Natan solta o homem que acaba caindo no meio do lixo*
Natan - Fica aí onde é o seu lugar.
*Natan joga o seu avental no chão e vai embora*
Em Upper West Side as coisas costumam ser um pouco, quente demais...
*Um casal está se pegando embaixo de um lençol branco, numa cama em um quarto. A mulher que estava embaixo do lençol se levanta e vai até a janela abrir as cortinas*
Homem - O que foi Dionne, aconteceu alguma coisa?
Dionne - Nada, eu só estou um pouco nervosa.
*O homem que estava deitado, enrola um lençol na cintura e vai até ela*
Homem - O que tá te deixando nervosinha heim? Vem aqui que eu vou te deixar tranquilinha
*Ele a abraça e começa a morder em seu pescoço*
Dionne - Para com isso Justin, não ve que eu to preocupada.
Justin - Desculpa minha princesinha. Mas me conta o que ta acontecendo?
Dionne - Você se esqueceu que amanhã meu irmão vai voltar da Itália. Eu vo rever ele depois de tantos anos.
Justin - Ah é você me falou, eu tinha esquecido. mas não precisa se preocupar, e acho que devíamos voltar ao que estavamos fazendo.
Dionne - Não Justin, chega! Você não tá entendendo.
Justin - Quem não ta entendo é voce. Para com essas frescuras, não ve que to afim de fazer amor com você?
Dionne - O que? Voce tá louco, eu acho melhor você não estar aqui amanhã quando ele chegar.
Justin - Como assim?
Dionne - Não quero que meu irmão veja que eu estou com um homem no meu apartamento.
Justin - (RINDO) HAHAHAHA, você não ta achando que seu irmão ainda pensa que você é virgem não é? Até porque tudo isso que você possui foi graças ao seu relacionamento com aquele velhote frouxo que usava viagra pra te satisfazer.
*Ela vai em direção dele e lhe dá um tapa na cara*
Justin - Vai se foder sua vagabunda.
*Ele recolhe suas roupas que estão no chão e sai do quarto batendo a porta com força.*
*Dionne volta a se deitar na cama, abraçando um travesseiro e começa a chorar*
E por fim, o que será que acontece na mansão de um milionário russo
*Vários takes da mansão mostrando o hall, a sala com a lareira, o corredor com vários quartos. Até na academia onde um homem está deitado levantando peso.*
*Um homem mais velho, com cabelos brancos entra na academia*
Homem - Yan me filho, precisamos conversar.
Yan - (largando os pesos e se levantando) Diga papai.
Pai - Estive conversando com o corretor e estou pensando em vender a mansão.
Yan - Também acho papai, seria bom um apartamento que é menor e mais perto de Manhattan.
Pai - Na verdade estou pensando em vender e te mandar de volta para a Rússia.
Yan - Mas pai, você sabe que eu gosto daqui. Eu me sinto bem aqui, além do mais eu que gerencio seus negócios aqui em Nova Iorque.
Pai - Eu sei, e já vendi minhas ações daqui para uma outra empresa. Resolvi abandonar os negócios na América.
Yan - O que? Quando que você vendeu as ações? Porque você não me avisou?
Pai - Isso não é da sua conta, até porque não te devo satisfações. Se eu fosse você arrumaria suas coisas hoje mesmo para que o corretor possa avaliar melhor a casa.
Yan - (estressado) Eu não vou voltar para a Rússia. Eu moro aqui desde os meus 16 anos, o senhor sempre disse que queria o melhor pra mim.
Pai - E eu quero, por isso mesmo estou te mandando de volta para a Rússia.
Yan - Acontece pai que eu não tenho mais 16 anos e já sou homem o suficiente para tom,ar minhas decisões.
Pai - Está desafiando a minha autoridade? Sabe que sem meu dinheiro você não sobrevive nesse lugar, e agora você não tem nada aqui, nem emprego você tem mais.
Yan - Pois que vá o senhor e toda a sua fortuna de volta pra Rússia. Não preciso do senhor pra isso, eu sei me virar muito bem sozinho.
Pai - É o que vamos ver Yan Soloviev.
*Assim que o pai de Yan sai da academia ele soca um daqueles sacos vermelhos de treinar boxe.*
*Em um restaurante chique, Charles está sentado a mesa com sua namorada. Eles estão jantando*
Namorada - Porque você não me ligou quando sua mãe chegou? Poderíamos ter almoçado todos juntos.
Charles - Só que me faltava. Você e minha mãe atormentando o meu dia. (Risos)
Namorada - Credo Charles, você está insinuando que eu sou um tormento na sua vida?
Charles - Claro que não Melinda. Você sabe que você é o amor da minha vida, e que é ótimo ter você ao meu lado todos os dias.
Melinda - E quando é que nós vamos ficar noivos meu bebê? Minhas amigas já estão comentando que você está apenas me enrolando e que eu vou acabar sendo...
Charles - (Interrompendo) Ah não essa história de novo não.
Melinda - O que foi Charles? Sempre que eu falo em noivado você parece que foge do assunto, eu to até desconfiando que você não quer passar o resto da sua vida comigo.
Charles - Não é isso querida, o problema é que você anda forçando a barra ultimamente.
Melinda - Forçando a barra? O que você está insinuando com isso? E que tipo de linguajar mais suburbando Charles.
Charles - Olha, é esse o seu problema. Você quer que tudo seja perfeito demais, e eu ainda não me sinto preparado para um casamento.
Melinda - Noivado.
Charles - Que seja, que futuramente resultará num casamento não é verdade?
Melinda - Olha eu não sei o que anda acontecendo com você Charles, mas desde começou com essa palhaçada de fotografia você ficou diferente.
Charles - Não é palhaçada, sabia? Você que se diz tão antenada e culta deveria saber que é arte.
Melinda - Arte é para os artistas querido, você é um economista.
Charles - Na verdade um ex-economista já que larguei meu emprego há dois dias.
Melinda - Você o que? Quando voce ia me contar?
Charles - Assim que você parasse de falar sobre essa merda de noivado.
*Todos que estavam no restaurante param de comer e olham para os dois que estavam discutindo*
Melinda - Com licença. *Ela se levanta e vai em direção a saída do estabelecimento*
*Na redação de um jornal, Ava é a única que ainda está trabalhando, o seu chefe chega até ela*
Chefe - Ainda está aqui? Já são quase 8h00PM.
Ava - Eu preciso terminar essa matéria pra amanhã, ainda mais depois que eu perdi a entrevista com o...
Chefe - (INTERROMPENDO) Olha não precisa terminar Ava. Na verdade eu iria falar com você amanhã mas já que estamos só nós por aqui, eu prefiro falar hoje e será melhor que amanhã você não vai passar vergonha.
Ava - Passar vergonha, eu? Mas o que vai acontecer?
Chefe - Você está demitida Ava. E não precisa vir amanhã, na verdade não precisa voltar nunca mais. Eu vou mandar o seu salário e sua carta de recomendação por correio e...
Ava - E o que? Eu não posso ser demitida, o que foi que eu fiz?
Chefe - Na verdade foi o que você não fez. Você já perdeu cinco matérias exclusivas para a concorrência. Mas pode deixar que vou te mandar uma carta boa de recomendação, e você poderá ser aceita em jornais de cidades menores, ou até em uma revista mensal para a comunidade latina.
Ava - Você só pode estar brincando comigo?
Chefe - Não Ava, isso é a realidade. Bom eu tenho um encontro então não se importaria se arrumasse suas coisas logo, se quiser até te dou uma carona.
Ava - Não vai precisar.
*Ela pega sua bolsa, algumas pastas e uma caixinha e vai em direção a porta, saindo*
Destino, será que existe? E se existir, quando será que ele resolve agir? Se isso for verdade eu diria que ele está prestes a agir...
*Nathan chega a um bar, praticamente um pub. Ele está com os letreiros bem antigos, pode se observar o nome, a câmera se aproxima e mostra: CANDY, corta para o seu interior. Nathan senta no banquinho em frente ao balcão*
Nathan – Tom, me vê o de sempre.
Tom - Nathan meu amigo, que cara é essa?
Nathan - Larguei meu emprego naquele restaurante chinês, japonês, seja lá que porra for aquela.
Tom - Que triste cara, mas e agora o que você vai fazer?
Nathan - Amanhã eu acho alguma coisa nova pra fazer.
*Eles estavam conversando, falando bobeiras e rindo até que um homem encapuzado entra no bar e se senta ao lado de Nathan*
Homem - Me vê uma cerveja por favor.
*Nathan olha pra ele como quem não quisesse nada, mas em seguida tenta ver seu rosto melhor.*
Nathan - Yan! É você?
Yan - Desculpa mas como você me conhece?
*Yan olha para Nathan*
Yan - Não acredito. Nathan Williams!
Nathan - Yan, sua bicha russa.
*os dois se abraçam*
Yan - Você vivia me chamando assim, que idiota.
Nathan - Não acredito velho, o que você faz aqui? Pensei que tu tava na Rússia.
Yan - Na verdade não saí de Nova Iorque, aliás saí sim mas só para os negócios, continuo morando naquela casa em que rolou aquela festa.
Nathan (rindo) - Aquela mansão? Maluco... E que festa foi aquela heim.
Tom - Yan Soloviev? No meu bar? Depois de tanto anos?
*Eles se cumprimentam e começam a conversar, até ouvirem um grito vindo da porta*
Dionne - AAAAAAAAAAAAAAAAAAAH! Não acredito que eu estou vendo vocês.
*Ela corre em direção ao balcão e abraça todos*
Tom - Dionne? Mas que surpresa.
Yan - Dionne eu não te vejo desde a nossa despedida
Dionne - Aqui no bar do Tom, a gente ficou bebaço na reuniãozinha aqui depois da formatura HAHA.
Nathan - Fiquei sabendo que você se casou com um ricasso italiano.
Dionne - Poie é (risada meio timida)
Tom - Que coincidência, os responsáveis pelas três letras finais do meu bar reunidos após tanto tempo.
Dionne - HAHA, verdade agora só falta aparecer o...
Tom - CHARLES!
Dionne - Isso, e... CHARLES?!?!?!?
*Ela olha pra tras e ve que Charles havia acabado de entrar no bar*
Charles - Mas que runião é essa?
Yan - Não acredito que é o Charles Delobel.
Nathan - Charlie?
Charles - Nate, meu amigo.
Dionne - Gente, isso é tão surreal.
Tom - Calma aí que nem eu tô acreditanto no que tá acontecendo.
Dionne - É tão bom reencontrar vocês depois de tanto tempo.
*Uma mulher entra no bar, acaba escorregando deixando vários papéis cair no chão*
Ava - DROGA! Hoje não é o meu dia.
Tom, Yan, Nathan - AVA?
Ava (se levantando) - Não acredito!
Dionne - AVA, amiga! Não acredito!
Tom - certo agora quem não acredita sou eu...
*Ava vai até eles e cumprimenta um por um*
Ava - Não acredito que vocês marcaram um reencontro sem me convidar.
Yan - Na verdade isso foi pura coincidencia.
Charles - Nem eu to acreditando, isso ta parecendo até...
Dionne - Destino. (RISOS)
Nathan - Mas o que aconteceu que veio todo mundo aqui hoje?
Tom - Deixa eu adivinhar, vocês vieram espairecer a mente, refrescar a cabeça, ou encher a cara pra curar as mágoas, como sempre.
Yan - Eu me lembrei que eu vinha aqui sempre que tinha um problema.
Charles - E que sempre encontrava vocês aqui.
Dionne - E a gente dividia os nossos problemas com os outros.
Nathan - Quase todo dia estávamos aqui.
Ava - E de tão frequente a nossa presença, o Tom batizou o bar de....
TODOS - CANDY (RISO GERAL)
Tom - Olha, se isso for destino ou algum aviso, ou qualquer coisa que seja. Hoje é a noite mais feliz da minha vida, tá sendo ótimo rever vocês.
Yan - Logo hoje que foi um dia que começou ruim, nada melhor do que terminar a noite bem, não é mesmo?
Dionne - Mas o que aconteceu Yan?
Yan - Meu pai vendeu as ações da empresa dele aqui nos Estados Unidos e quer que eu volte pra Rússia.
Nathan - Filinho de papai.
Yan - Mas eu disse que não ia, e ele acabou vendendo a casa onde eu morava e agora eu tô sem emprego, e daqui alguns dias vou ficar sem dinheiro e sem moradia também.
Nathan - Ow seu bebê chorão, eu também perdi o emprego e nem por isso to triste cara, se bem que na verdade eu me demiti, mas mesmo assim, fica assim não.
Ava - É isso mesmo Yan, eu também fui demitida e acho que vai ser dificil achar outro emprego em um jornal ou uma revista decente com a carta de recomendação que eu vou receber.
Charles - Bom, eu também pedi demissão e pra piorar briguei com a minha noiva.
Ava - Você vai casar?
Charles - É o que ela queria, mas na verdade iriamos ficar noivos, éramos apenas namorados, ou ainda somos. Nem eu sei mais.
Tom - E você Dionne? O que te traz aqui? (Risos)
Dionne - Ah... Nada... Tipo, nada assim tão sério sobre emprego, discussão, essas coisas. Só queria me sentir bem igual quando eu era adolescente.
Nathan - Ou quando você pulou nua na piscina do Yan.
*Todos riem*
Charles - Verdade, eu lembro disso.
Ava - Gente vocês lembraram disso, que coisa mais louca. E pior que eu também lembro Dionne.
Dionne - Ai que coisa... E quando o Nathan foi pego transando com a secretária da biblioteca np vestiário?
*Todos começam a lembrar de algo que o outro fez no passado, a imagem vai se afastando até escurecer*
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Parabéns pela estreia, gostei muito do episódio, to ansiosa pelo próximo. Parece que tudo tende a esquentar muito!
Muito obrigada, espero que goste ainda mais :)