S01E02 - RENOVANDO AS AMIZADES

1x02 - Renovando as Amizades

A imagem abre em uma rua onde Ava está em pé na calçada com um copo de café na mão, e uma bolsa na outra tentando sinalizar para um táxi.

Ava - Ei, Táxi! (acenando)

Um táxi passa em alta velocidade ao lado dela e acaba jogando a água da poça dela.

Ava - O quê? Não acredito... Era só o que me faltava.

Ela tenta se enxugar, deixando o copo de café cair no chão.

Ava - Droga!

Um carro (Cadillac Sixteen) [ www.csanl.com.br/alunos/paginas/Turma_C/f7c101/internet/clip_image018.jpg ] se aproxima, estacionando ao lado dela. O homem que está dirigindo abaixa o vidro. Vemos a imagem da Ava como se estivéssemos dentro do carro.

Homem - Ei, você não quer uma carona?

Ela que estava agachada se levanta, jogando seus cabelos pra trás.

Ava - Não precisa, muito obrigada.

Observamos que quem estava no carro era Charles. Ela fica um pouco surpresa e sorri em direção a ele.

Ava (do lado de fora do carro) - Charles! Mas que surpresa. O que você faz aqui?

Charles (dentro do carro) - Acabei de levar minha mãe para um compromisso qualquer, que ela jura ser importante. E você? Porque está molhada?

Ava (sorrindo, meio sem graça) - Ah, nada, só um idiota que passou aqui correndo e me deixou toda ensopada.

Charles (sorrindo) - Vamos, entra aí. Deixa eu te dar uma carona.

Ela fica meio sem graça, mas acaba entrando no carro.

Ava (já dentro do carro) - Muito obrigada Charles. Nossa eu vou deixar seu carro todo molhado. (rindo)

Charles - Não precisa se preocupar.

Eles começam a conversar, e sorriem. Agora o observamos por fora, o carro virando em uma rua em meio aos prédios e sumindo do nosso ponto de vista.









Interior de um apartamento. Uma sala bem ampla com uma mesa de centro toda de madeira, com um imenso tapete branco por baixo cobrindo todo o chão da sala. Dionne surge na sala conversando ao celular.

Dionne (rindo) - Ai claro, não se preocupe. Pode deixar que mais tarde eu te ligo!

Um senhor já de mais idade surge na sala e vai até ela.

Senhor - Senhorita White, com licença.

Ela se assusta.

Dionne - Senhor Piper. O que você faz aqui?

Ela olha estranhamente pra ele. E em seguida volta a falar ao celular.

Dionne - Deixa eu te ligar mais tarde sim? Ok. Beijos.

Ela desliga o celular, o coloca em cima da mesinha e vai até o Senhor Piper.

Dionne - Muito bem, o que aconteceu?

Senhor Piper - Me desculpe entrar aqui senhorita. Mas é que eu a chamei pelo interfone várias vezes e como eu não fui atendido...

Dionne - Tá, mas o que aconteceu?

Senhor Piper - É que tem um homem lá embaixo alegando ser seu irmão. O nome dele é Jimmy, eu tive que por os seguranças para contê-lo porque ele estava querendo entrar sem a sua permissão, e...

Dionne (o interrompendo) - Ah não, droga!

Ela deixa o porteiro falando sozinho no apartamento e corre para fora dele. Em seguida a vemos do lado de fora do prédio, correndo até um menino que está sendo segurado por dois seguranças.

Dionne - Ei, podem soltar. Ele é meu irmão.

Os seguranças soltam o menino que vai em direção a Dionne.

Jimmy - Muito obrigado irmãzinha.

Dionne (sorrindo) - Ah meu irmãozinho, venha aqui!

Ele passa por ela sem dar a mínima, e entra no prédio. Close no rosto de Dionne que está com um olhar meio aborrecido.

Música: Hold My Hand - Michael Jackson e Akon

Takes do Central Park onde tem algumas pessoas se exercitando, outras com os filhos e os animais de estimação. De longe podemos observar Charles e Ava caminhando e conversando. Corta para uma imagem mais perto dos dois.

Ava (rindo) - Eu lembro, e no final do dia todos vocês foram parar na detenção. Eu fiquei lá sozinha no pátio esperando vocês saírem.

Charles - É, você sempre foi a mais quietinha.

Ava - Acho que eu era a única ovelha boa do rebanho. (rindo)O volume da música vai abaixando aos poucos até que não podemos ouvir mais.

Charles - Mas porque uma ovelhinha tão boa gostava de andar com um rebanho tão estragado?

Ava - Vocês eram meus únicos amigos Charles. (sorrindo) Não sei se você se lembra disso, mas eu era aquela típica garota que só estudava e não tinha uma aparência de gostosona.

Charles - Mas eu me lembro de você com um carinha no baile da primavera. Como era mesmo o nome dele?

Ava - Ewan Montgrey.

Charles - É isso mesmo. Vocês dois tiveram um relacionamento, não?

Ava (rindo) - Credo Charles. Você só pode estar brincando.

Charles (rindo) - Ora, e porque?

Ava - Não sei se você se lembra mas o nosso combinado era que ninguém de nós cinco fossemos ao baile. Mas aí a Dionne arranjou um jogador de futebol, o Natan foi com uma líder de torcida pra fazer ciúmes nela. O Yan foi com uma prima russa dele que queria conhecer um baile tipicamente americano, e você foi com aquela magrelinha que você namorava... Melinda Blair.

Close no rosto do Charles que fica meio assustado.

Charles - Caramba você se lembra de muita coisa.

Ava - É. (risos) - E eu só fui aquele baile com o Ewan porque eu não queria ser a única a ficar de fora.

Charles - Mas foi só isso que aconteceu entre vocês?

Ava - Foi. Naquela noite ele ficou tão bêbado que eu tive que levá-lo pra casa de ônibus. Foi um verdadeiro vexame (risos).

Eles param de andar, Charles olha para o rosto de Ava, ela sorri meio intrigada.

Ava - O que foi? Porque você está me olhando assim?

Charles - Porque eu lembrei de uma coisa que aconteceu no passado, entre nós.

Close no rosto da Ava que fica meio envergonhada, de boca aberta.

Ava (nervosa) - Olha Charles, eu acabei de me lembrar que eu tenho que ir pra casa. Uma amiga ficou de ir lá se tivesse conseguido me arranjar um emprego, e eu... Bom até outra hora. Tchau.

Ela sai andando por entre as pessoas, depois começa a correr sem olha para trás. Close no rosto do Charles que fica a observando ir embora.

Música de fundo, bem baixa: Rude Boy - Rihanna

Um quarto apertado todo decorado de símbolos chineses, com uma luz vermelha de ambiente, observamos um homem nu deitado sobre uma mulher.

Mulher (ofegante) - Vai...

Ela não para de passar a mão pelas costas dele, enquanto fazem sexo.

Mulher (ofegante) - Isso, ooh...

Ele sai de cima da mulher, deitando ao seu lado todo suado, coloca a mão na cabeça. A imagem está sob a cama os observamos deitados, ela toda coberta, ele coberto até a cintura.

Mulher - Hoje você foi ótimo querido.

Natan - Acho que vou beber alguma coisa.

Natan se levanta da cama, foco no rosto da mulher que fica intrigada ao observar ele sair do quarto. Em seguida temos vários takes da cidade de NY, entardecendo. No apartamento da Dionne, Jimmy está sentado ao sofá vendo algo na televisão. Dionne se aproxima dele.

Dionne - Você está bem? (se sentando no sofá ao lado dele)

Jimmy - Podemos conversar depois? Tá passando o jogo de Baseball. (sem olhá-la)

Dionne - Jimmy querido, eu sei que você tá chateado porque eu não fui te buscar no aeroporto. Mas olha, eu só...

Jimmy (a interrompendo) - Não quero saber Dionne. E não tem nada a ver com você ter esquecido de me buscar no aeroporto. E sim com o fato de você ter me esquecido depois que você se casou com aquele velhote.

Ela desliga a televisão e fica de pé em frente a ela.

Jimmy - Tem a ver quando vocês resolveram que seria melhor pra se eu estudasse em colégio interno da Suíça. E você não foi lá me visitar nenhuma vez. Só recebia seus postais de feliz aniversário, feliz natal, e páscoa!

Ele fica com os olhos cheio de lágrimas, ameaçando chorar. Close em Dionne que está com o rosto pálido.

Jimmy - Todo mundo saía pra poder ir visitar os pais. E eu? Eu ficava lá sozinho naquela escola com os malditos monitores que nem conversavam comigo. Eu fui esquecido pela única parente que eu tinha, já que meus pais morreram. A única pessoa que eu amava havia me esquecido. Como você quer que eu me sinta Dionne? Esquecer de ir me buscar no aeroporto não é nada, sendo que você já me esqueceu há muito tempo.

Assim que termina de falar ele sai da sala, e sobe as escadas. Close em Dionne que está chorando. Corta para o bar CANDY, no seu interior há algumas pessoas, entre elas está Natan, sentando em uma mesa, sozinho. Observamos um homem arrastar uma cadeira e sentar em sua frente.

Charles - Você vem muito aqui, pelo jeito.

Natan - É, digamos que eu fui o único que nunca abandonou o lugar.

Charles observa Tom, e o chama.

Tom - Charles, tudo bom? Vai querer tomar alguma coisa?

Charles - É, me vê uma cerveja. Melhor me vê duas, uma pro meu amigo Natan que me acompanha.

Tom - Certo.

Tom se afasta deles em direção ao interior do balcão.

Natan - Brigou com a namorada novamente?

Charles (rindo) - Não. Vou te falar que eu não a vejo desde ontem após a briga, acho que isso é um sinal de que acabou.

Natan - Pois é meu amigo. Mulheres foram feitas para nos dar dor de cabeça.

Tom chega até eles com duas longnecks, e os serve.

Natan - Um brinde, as melhores provocadoras de dores de cabeça.

Ele estende sua cerveja para brindar com Charles, que também estende a sua até Natan.

Charles - Um brinde a amizade. Que mesmo depois de tanto tempo, eu torço pra ela continuar a viver.

Natan sorri, os dois brindam. Corta para uma avenida movimentada, Ava está caminhando nela, meio pensativa. Uma mão a puxa pelas costas.

Ava (assustada) - Não me assalte, por favor.

Dionne (rindo) - Que medo é esse, Ava?

Ava (aliviada) - Dionne, você quase me matou de susto. O que você tá fazendo aqui?

Dionne - Bem eu moro aqui nesse prédio. Resolvi descer pra me acalmar um pouco. E você, o que faz aqui?

Ava - Eu estava caminhando, a toa. Só pensando na vida.

Dionne - Olha você não quer ir comer alguma coisa? Tô morrendo de fome, vamos?

Ava - Claro.

Dionne - Tem um restaurante japonês ali na outra esquina, vamos andando mesmo.

Ava - Bom que colocamos a conversa em dia.

As duas vão caminhando de costas para a câmera. A imagem vai se afastando, até elas virarem a esquina. Corta para dentro do apartamento de Dionne, onde Jimmy está deitado em quarto, ouvindo uma música que vem do rádio.

Música: Please, Please, Please - Elefant / como se estivesse saindo do rádio

Ele se levanta da cama e vai até uma mochila onde retira um porta retrato. Observamos que na foto está um casal em frente a um parque de diversões, no colo do homem está um menino que aparenta ter uns 3 ou 4 anos. Em pé ao lado da mãe está uma menina, um pouco mais velha que o menino. Close no rosto do Jimmy que observa a foto com olhar melancólico. Ele deixa o porta retrato em cima da cama e sai do quarto. A câmera vai se aproximando do porta retrato que está virado pra baixo, onde observamos que atrás dele está escrito "Com amor, Dionne!".

Música ambiente (som baixo): Pet Sematary - Ramones

No "Candy" bar, Natan e Charles ainda estão sentados a mesa, conversando e rindo alto. A câmera mostra várias garrafas de longnecks vazias sobre a mesa, eles dão mais um gole e voltam a rir. Tom que estava os observando vai até eles.

Tom - Muito bem rapazes, acho que hoje vocês passaram da conta. É melhor vocês pararem por aqui.

Charles (falando meio embolado) - Ah Tom, meu amigo. (soluça) - Eu vou querer mais uma dessa aqui.

Ele tenta apontar para a garrafa, mas acaba derrubando uma delas.

Tom - Certo. Chega por hoje Charles. Vou chamar um táxi para você.

Charles - Não precisa, deixa que o meu amigo aqui leva. Toma pega a chave Natan.

Charles entrega as chaves ao Natan, ele sorri.

Tom - Não acho uma boa idéia.

Natan - Relaxa aí grande Tom. Pode deixar que eu levo o fracote aqui pra casa, e eu não vou deixar de dirigir uma máquina dessas.

Ele ajuda Charles a se levantar, o apóia em seus ombros e o ajuda a sair do bar. Corte de cena para Ava e Dionne que estão caminhando pela rua, elas estão rindo e conversando.

Dionne - Amiga você tem que largar de ser boba. Charles Delobel estava de dando o maior mole e você deu uma desculpa fraca dessas? Só você mesmo, viu?

Ava - Ele não estava me dando nada ok?

Dionne - Ah não claro. Pelo o que você me contou só faltou ele te tirar pra dançar ao som dos pássaros do Central Park.

Ava - Também não é assim.

As duas sorriem, Dionne anda até um poste, se segura e faz um giro apoiado nele. Ela para em frente à Ava.

Dionne - Ava, porque será que nós nos distanciamos?

Ava - A vida de cada um seguiu um rumo. Eu fui fazer faculdade, o Yan foi trabalhar pro pai dele, sabe. Cada um foi fazer o que achava melhor pra si.

Close em Dionne que parece estar triste, com uma expressão facial pra baixo, meio aborrecida.

Ava - Ei o que foi? Porque você ficou triste de uma hora pra outra? (a abraçando)

Dionne - Eu não fiz o que foi melhor pra mim. Na verdade o que eu fiz foi magoar o meu irmão, a única pessoa da minha família que restou. (seus olhos se enchem de lágrima) Como eu pude ser tão burra?

Elas se abraçam. Dionne começa a chorar no ombro de Ava.

Ava - Ei não fica assim. Você fez o que achava que tinha de ser feito. Seu irmão te ama, não é a toa que ele veio pra cá, pra ficar do seu lado. Vocês têm que conversar e se entender, vocês são uma família OK?!

Dionne para de abraçá-la e a olha fixamente, esboçando um sorriso.

Dionne (limpando as lágrimas) - Olha, me promete que seremos amigas pra sempre? Nunca mais vamos nos abandonar combinado?

Ava - Certo.

As duas se abraçam novamente, sorrindo. A câmera embaça a imagem das duas se abraçando e da um foco em Jimmy que está do outro lado da rua, as observando. Dionne se mostra surpresa ao vê-lo do outro lado da rua.

Dionne - Olha é o meu irmão. (ela ascena pra ele) Ei, Jimmy, aqui!

Close em Jimmy que esboça um sorriso e atravessa a rua em direção as duas. A partir desse instante a imagem começa a ficar lenta. Close em Dionne que se solta do abraçado de Ava e vai em direção ao seu irmão. Ava está sorrindo. De repente observamos um carro virando a esquina em alta velocidade. Ava desfaz o sorriso e aparenta um olhar preocupador. Jimmy atravessa a rua correndo, corta para Dionne que olha para o lado e vê o carro vindo em direção ao seu irmão. Ela começa a gritar.

Dionne (em slow motion) - Não...

Close no rosto de Jimmy que se assusta com o clarão da luz. A imagem fica escura e ouvimos o barulho de um carro freando, até bater em algo.


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S01E01 - PILOTO

Candy 1x01- Episódio Piloto
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Nova York numa manhã de Outono, vemos as pessoas saindo de suas casas rumo ao seu trabalho, a sua escola, ou até mesmo a um café expresso. Em um luxuoso apartamento na quinta avenida em frente ao Central Park mora Charles Delobel, e é lá que começa a nossa história.
*Uma mulher entra no quarto, onde um homem está deitado em sua cama dormindo*

Mulher - Charles querido, está na hora de você acordar e dar um abraço de boas vindas a sua velha e querida mãe.

*Ela se senta na beirada da cama e começa a acariciá-lo.*

Mulher - Vamos Charles, quanto tempo que você não me vê? Acorde para tomarmos café da manhã juntos. Mandei a Gertrudes preparar uma legítima omelete francesa para você.

*Charles abre o olho, dá um sorriso meio forçado, se levantando aos poucos.*

Charles - O que aconteceu que você chegou tão cedo? Seu vôo estava previsto pra chegar as 14h00.

Mulher - Na verdade eu peguei um vôo mais cedo pra fazer uma surpresa pra você. O que me diz?

Charles - Ora mãe, sabe que eu não gosto de acordar cedo.

*Empregada entra no quarto*

Empregada - Ainda mais que ele chegou as 4 da madrugada de hoje, Senhora Delobel.

Mulher - E alguém aqui te perguntou sua fofoqueira?

Charles - Mamãe!

Empregada - Me desculpe Senhora Delobel. O café da manhã já está servido a mesa, com licença!

Mulher - Sujeitinha atrevida, você precisa de uma empregada melhor querido, amanhã mesmo vou providenciar isso.

Charles - Não precisa, a Gertrudes é uma ótima profissional.

Mulher - Você não entende nada desses assuntos meu filho, e vamos logo porque eu detesto me sentar sozinha a mesa.

*Ela lhe dá um beijo na testa e sai do quarto, Charles levanta da cama e vai até janela , onde observa as pessoas no central Park.*

Charles - É... E lá vamos nós!






Queens, um bairro alegre com traços bem específicos, em um prédio de tijolos avermelhados mora Ava.
*Ela está falando ao celular e se vestindo ao mesmo tempo*

Ava - Olha pode deixar que eu vou entregar a matéria a tempo. Alguma vez eu já decepcionei vocês?

*Ela termina de se vestir e sai do apartamento, começando a descer as escadas*

Ava - Mas eu confirmei com ele ontem, ele não pode desmarcar comigo pra marcar com outra. Olha deixa eu desligar se não vou perder meu táxi.

*Vai correndo até o táxi que está na sua porta esperando*

Ava - Quando chegar aí a gente conversa melhor, tchau!

*Em um outro ponto da cidade, nos fundos de um restaurante chinês, um homem está jogando o lixo fora, em seguida ele tira o avental e começa a fumar*

Chinês - Natan! O que você acha que está fazendo? Sabe quantas pessoas estão lá dentro esperando o pedido delas? Natan seu incompetente, você está me ouvindo?

*Ele vai em sua direção e tira o cigarro da boca dele*

Chinês - Anda logo seu idiota.

*Assim que seu cigarro é arrancado, Natan segura o chinês pela gola da camisa e o empurra até as latas de lixo*

Natan - Escuta aqui seu velho estúpido, você nunca mais coloca essas mãos imundas sobre mim tá entendendo?

Chinês - Me larga se não eu vou chamar a polícia.

Natan - Chama mesmo, que eu aproveito e falo da comida vencida que você vende nessa espelunca. Aí eu quero ver o que você vai fazer?

*Natan solta o homem que acaba caindo no meio do lixo*

Natan - Fica aí onde é o seu lugar.

*Natan joga o seu avental no chão e vai embora*

Em Upper West Side as coisas costumam ser um pouco, quente demais...

*Um casal está se pegando embaixo de um lençol branco, numa cama em um quarto. A mulher que estava embaixo do lençol se levanta e vai até a janela abrir as cortinas*

Homem - O que foi Dionne, aconteceu alguma coisa?

Dionne - Nada, eu só estou um pouco nervosa.

*O homem que estava deitado, enrola um lençol na cintura e vai até ela*

Homem - O que tá te deixando nervosinha heim? Vem aqui que eu vou te deixar tranquilinha

*Ele a abraça e começa a morder em seu pescoço*

Dionne - Para com isso Justin, não ve que eu to preocupada.

Justin - Desculpa minha princesinha. Mas me conta o que ta acontecendo?

Dionne - Você se esqueceu que amanhã meu irmão vai voltar da Itália. Eu vo rever ele depois de tantos anos.

Justin - Ah é você me falou, eu tinha esquecido. mas não precisa se preocupar, e acho que devíamos voltar ao que estavamos fazendo.

Dionne - Não Justin, chega! Você não tá entendendo.

Justin - Quem não ta entendo é voce. Para com essas frescuras, não ve que to afim de fazer amor com você?

Dionne - O que? Voce tá louco, eu acho melhor você não estar aqui amanhã quando ele chegar.

Justin - Como assim?

Dionne - Não quero que meu irmão veja que eu estou com um homem no meu apartamento.

Justin - (RINDO) HAHAHAHA, você não ta achando que seu irmão ainda pensa que você é virgem não é? Até porque tudo isso que você possui foi graças ao seu relacionamento com aquele velhote frouxo que usava viagra pra te satisfazer.

*Ela vai em direção dele e lhe dá um tapa na cara*

Justin - Vai se foder sua vagabunda.

*Ele recolhe suas roupas que estão no chão e sai do quarto batendo a porta com força.*
*Dionne volta a se deitar na cama, abraçando um travesseiro e começa a chorar*

E por fim, o que será que acontece na mansão de um milionário russo

*Vários takes da mansão mostrando o hall, a sala com a lareira, o corredor com vários quartos. Até na academia onde um homem está deitado levantando peso.*
*Um homem mais velho, com cabelos brancos entra na academia*

Homem - Yan me filho, precisamos conversar.

Yan - (largando os pesos e se levantando) Diga papai.

Pai - Estive conversando com o corretor e estou pensando em vender a mansão.

Yan - Também acho papai, seria bom um apartamento que é menor e mais perto de Manhattan.

Pai - Na verdade estou pensando em vender e te mandar de volta para a Rússia.

Yan - Mas pai, você sabe que eu gosto daqui. Eu me sinto bem aqui, além do mais eu que gerencio seus negócios aqui em Nova Iorque.

Pai - Eu sei, e já vendi minhas ações daqui para uma outra empresa. Resolvi abandonar os negócios na América.

Yan - O que? Quando que você vendeu as ações? Porque você não me avisou?

Pai - Isso não é da sua conta, até porque não te devo satisfações. Se eu fosse você arrumaria suas coisas hoje mesmo para que o corretor possa avaliar melhor a casa.

Yan - (estressado) Eu não vou voltar para a Rússia. Eu moro aqui desde os meus 16 anos, o senhor sempre disse que queria o melhor pra mim.

Pai - E eu quero, por isso mesmo estou te mandando de volta para a Rússia.

Yan - Acontece pai que eu não tenho mais 16 anos e já sou homem o suficiente para tom,ar minhas decisões.

Pai - Está desafiando a minha autoridade? Sabe que sem meu dinheiro você não sobrevive nesse lugar, e agora você não tem nada aqui, nem emprego você tem mais.

Yan - Pois que vá o senhor e toda a sua fortuna de volta pra Rússia. Não preciso do senhor pra isso, eu sei me virar muito bem sozinho.

Pai - É o que vamos ver Yan Soloviev.

*Assim que o pai de Yan sai da academia ele soca um daqueles sacos vermelhos de treinar boxe.*

*Em um restaurante chique, Charles está sentado a mesa com sua namorada. Eles estão jantando*

Namorada - Porque você não me ligou quando sua mãe chegou? Poderíamos ter almoçado todos juntos.

Charles - Só que me faltava. Você e minha mãe atormentando o meu dia. (Risos)

Namorada - Credo Charles, você está insinuando que eu sou um tormento na sua vida?

Charles - Claro que não Melinda. Você sabe que você é o amor da minha vida, e que é ótimo ter você ao meu lado todos os dias.

Melinda - E quando é que nós vamos ficar noivos meu bebê? Minhas amigas já estão comentando que você está apenas me enrolando e que eu vou acabar sendo...

Charles - (Interrompendo) Ah não essa história de novo não.

Melinda - O que foi Charles? Sempre que eu falo em noivado você parece que foge do assunto, eu to até desconfiando que você não quer passar o resto da sua vida comigo.

Charles - Não é isso querida, o problema é que você anda forçando a barra ultimamente.

Melinda - Forçando a barra? O que você está insinuando com isso? E que tipo de linguajar mais suburbando Charles.

Charles - Olha, é esse o seu problema. Você quer que tudo seja perfeito demais, e eu ainda não me sinto preparado para um casamento.

Melinda - Noivado.

Charles - Que seja, que futuramente resultará num casamento não é verdade?

Melinda - Olha eu não sei o que anda acontecendo com você Charles, mas desde começou com essa palhaçada de fotografia você ficou diferente.

Charles - Não é palhaçada, sabia? Você que se diz tão antenada e culta deveria saber que é arte.

Melinda - Arte é para os artistas querido, você é um economista.

Charles - Na verdade um ex-economista já que larguei meu emprego há dois dias.

Melinda - Você o que? Quando voce ia me contar?

Charles - Assim que você parasse de falar sobre essa merda de noivado.

*Todos que estavam no restaurante param de comer e olham para os dois que estavam discutindo*

Melinda - Com licença. *Ela se levanta e vai em direção a saída do estabelecimento*

*Na redação de um jornal, Ava é a única que ainda está trabalhando, o seu chefe chega até ela*

Chefe - Ainda está aqui? Já são quase 8h00PM.

Ava - Eu preciso terminar essa matéria pra amanhã, ainda mais depois que eu perdi a entrevista com o...

Chefe - (INTERROMPENDO) Olha não precisa terminar Ava. Na verdade eu iria falar com você amanhã mas já que estamos só nós por aqui, eu prefiro falar hoje e será melhor que amanhã você não vai passar vergonha.

Ava - Passar vergonha, eu? Mas o que vai acontecer?

Chefe - Você está demitida Ava. E não precisa vir amanhã, na verdade não precisa voltar nunca mais. Eu vou mandar o seu salário e sua carta de recomendação por correio e...

Ava - E o que? Eu não posso ser demitida, o que foi que eu fiz?

Chefe - Na verdade foi o que você não fez. Você já perdeu cinco matérias exclusivas para a concorrência. Mas pode deixar que vou te mandar uma carta boa de recomendação, e você poderá ser aceita em jornais de cidades menores, ou até em uma revista mensal para a comunidade latina.

Ava - Você só pode estar brincando comigo?

Chefe - Não Ava, isso é a realidade. Bom eu tenho um encontro então não se importaria se arrumasse suas coisas logo, se quiser até te dou uma carona.

Ava - Não vai precisar.

*Ela pega sua bolsa, algumas pastas e uma caixinha e vai em direção a porta, saindo*

Destino, será que existe? E se existir, quando será que ele resolve agir? Se isso for verdade eu diria que ele está prestes a agir...

*Nathan chega a um bar, praticamente um pub. Ele está com os letreiros bem antigos, pode se observar o nome, a câmera se aproxima e mostra: CANDY, corta para o seu interior. Nathan senta no banquinho em frente ao balcão*

Nathan – Tom, me vê o de sempre.

Tom - Nathan meu amigo, que cara é essa?

Nathan - Larguei meu emprego naquele restaurante chinês, japonês, seja lá que porra for aquela.

Tom - Que triste cara, mas e agora o que você vai fazer?

Nathan - Amanhã eu acho alguma coisa nova pra fazer.

*Eles estavam conversando, falando bobeiras e rindo até que um homem encapuzado entra no bar e se senta ao lado de Nathan*

Homem - Me vê uma cerveja por favor.

*Nathan olha pra ele como quem não quisesse nada, mas em seguida tenta ver seu rosto melhor.*

Nathan - Yan! É você?

Yan - Desculpa mas como você me conhece?

*Yan olha para Nathan*

Yan - Não acredito. Nathan Williams!

Nathan - Yan, sua bicha russa.

*os dois se abraçam*

Yan - Você vivia me chamando assim, que idiota.

Nathan - Não acredito velho, o que você faz aqui? Pensei que tu tava na Rússia.

Yan - Na verdade não saí de Nova Iorque, aliás saí sim mas só para os negócios, continuo morando naquela casa em que rolou aquela festa.

Nathan (rindo) - Aquela mansão? Maluco... E que festa foi aquela heim.

Tom - Yan Soloviev? No meu bar? Depois de tanto anos?

*Eles se cumprimentam e começam a conversar, até ouvirem um grito vindo da porta*

Dionne - AAAAAAAAAAAAAAAAAAAH! Não acredito que eu estou vendo vocês.

*Ela corre em direção ao balcão e abraça todos*

Tom - Dionne? Mas que surpresa.

Yan - Dionne eu não te vejo desde a nossa despedida

Dionne - Aqui no bar do Tom, a gente ficou bebaço na reuniãozinha aqui depois da formatura HAHA.

Nathan - Fiquei sabendo que você se casou com um ricasso italiano.

Dionne - Poie é (risada meio timida)

Tom - Que coincidência, os responsáveis pelas três letras finais do meu bar reunidos após tanto tempo.

Dionne - HAHA, verdade agora só falta aparecer o...

Tom - CHARLES!

Dionne - Isso, e... CHARLES?!?!?!?

*Ela olha pra tras e ve que Charles havia acabado de entrar no bar*

Charles - Mas que runião é essa?

Yan - Não acredito que é o Charles Delobel.

Nathan - Charlie?

Charles - Nate, meu amigo.

Dionne - Gente, isso é tão surreal.

Tom - Calma aí que nem eu tô acreditanto no que tá acontecendo.

Dionne - É tão bom reencontrar vocês depois de tanto tempo.

*Uma mulher entra no bar, acaba escorregando deixando vários papéis cair no chão*

Ava - DROGA! Hoje não é o meu dia.

Tom, Yan, Nathan - AVA?

Ava (se levantando) - Não acredito!

Dionne - AVA, amiga! Não acredito!

Tom - certo agora quem não acredita sou eu...

*Ava vai até eles e cumprimenta um por um*

Ava - Não acredito que vocês marcaram um reencontro sem me convidar.

Yan - Na verdade isso foi pura coincidencia.

Charles - Nem eu to acreditando, isso ta parecendo até...

Dionne - Destino. (RISOS)

Nathan - Mas o que aconteceu que veio todo mundo aqui hoje?

Tom - Deixa eu adivinhar, vocês vieram espairecer a mente, refrescar a cabeça, ou encher a cara pra curar as mágoas, como sempre.

Yan - Eu me lembrei que eu vinha aqui sempre que tinha um problema.

Charles - E que sempre encontrava vocês aqui.

Dionne - E a gente dividia os nossos problemas com os outros.

Nathan - Quase todo dia estávamos aqui.

Ava - E de tão frequente a nossa presença, o Tom batizou o bar de....

TODOS - CANDY (RISO GERAL)

Tom - Olha, se isso for destino ou algum aviso, ou qualquer coisa que seja. Hoje é a noite mais feliz da minha vida, tá sendo ótimo rever vocês.

Yan - Logo hoje que foi um dia que começou ruim, nada melhor do que terminar a noite bem, não é mesmo?

Dionne - Mas o que aconteceu Yan?

Yan - Meu pai vendeu as ações da empresa dele aqui nos Estados Unidos e quer que eu volte pra Rússia.

Nathan - Filinho de papai.

Yan - Mas eu disse que não ia, e ele acabou vendendo a casa onde eu morava e agora eu tô sem emprego, e daqui alguns dias vou ficar sem dinheiro e sem moradia também.

Nathan - Ow seu bebê chorão, eu também perdi o emprego e nem por isso to triste cara, se bem que na verdade eu me demiti, mas mesmo assim, fica assim não.

Ava - É isso mesmo Yan, eu também fui demitida e acho que vai ser dificil achar outro emprego em um jornal ou uma revista decente com a carta de recomendação que eu vou receber.

Charles - Bom, eu também pedi demissão e pra piorar briguei com a minha noiva.

Ava - Você vai casar?

Charles - É o que ela queria, mas na verdade iriamos ficar noivos, éramos apenas namorados, ou ainda somos. Nem eu sei mais.

Tom - E você Dionne? O que te traz aqui? (Risos)

Dionne - Ah... Nada... Tipo, nada assim tão sério sobre emprego, discussão, essas coisas. Só queria me sentir bem igual quando eu era adolescente.

Nathan - Ou quando você pulou nua na piscina do Yan.

*Todos riem*

Charles - Verdade, eu lembro disso.

Ava - Gente vocês lembraram disso, que coisa mais louca. E pior que eu também lembro Dionne.

Dionne - Ai que coisa... E quando o Nathan foi pego transando com a secretária da biblioteca np vestiário?

*Todos começam a lembrar de algo que o outro fez no passado, a imagem vai se afastando até escurecer*

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